
Imunoterapia

Porém, os efeitos colaterais desse tipo de medicamento são imprevisíveis, inclusive podendo uma boa parte dos pacientes não ter efeito algum. Os esquemas de associação de dois medicamentos são mais propensos a causarem mais efeitos colaterais e esses podem acontecer em qualquer órgão do corpo, gerando inflamações ou “ites “, como pneumonite (pulmões), colite (intestino), tireoidite, dermatite (pele), dentre outros. Não sabemos qual será o efeito, sendo importante os pacientes serem vistos com frequência durante esses tratamentos, mesmo que não sintoma nada.
A imunoterapia não é eficaz contra todos os tipos de tumor e a indicação deve ser avaliada em cada caso. Por exemplo, em câncer de mama só um subtipo especifico (triplo-negativo) mostrou responder à imunoterapia. Já em melanoma, vemos respostas importantes a essa classe. Para câncer de pulmão, temos alguns marcadores como PDL1 para saber quais são os pacientes que melhor respondem, assim como em câncer de bexiga. Tudo deve ser avaliado pelo oncologista que está tratando o (a) paciente.
Ao contrário da quimioterapia, a imunoterapia não faz a imunidade cair geralmente. A grande questão é o oposto: o aumento da atividade das células imunes contra órgãos do corpo.
Pacientes transplantados com doenças autoimunes como lúpus e psoríase são casos que devem ser individualizados e discutidos com seu oncologista considerando os riscos e benefícios.
Nota: não estão incluídos nessa classe soroterapia, injeção de alta dose de vitaminas ou outros tipos de tratamentos que vemos sendo realizados.
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dr. Daniel Musse
Oncologia Clínica • CRM 52.99473-1 - RQE 43319
Pesquisador do Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa e preceptor da residência médica de Oncologia Clínica.