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Prevenção do câncer

Para pacientes que nunca tiveram câncer

Segundo a Organização Mundial de Saúde, algumas medidas podem ser feitas por todas as pessoas com evidência científica comprovada para reduzir a chance de câncer ao longo da vida:

  • Reduzir o consumo de álcool;
  • Reduzir consumo de carnes processadas e “fast foods”;
  • Evitar o tabagismo, inclusive consumo de cigarros eletrônicos;
  • Evitar o sobrepeso;
  • Manter uma rotina regular de exercícios físicos, pelo menos 150 minutos por semana;
  • Evitar bebidas adoçadas;
  • Consumir uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e fibras em geral.
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Para pacientes que já tiveram câncer

Para pacientes que já tiveram câncer, as recomendações seguem as mesmas, mas dependendo do tipo de câncer, algumas recomendações são ainda mais importantes. Exemplo:

  • Para câncer de mama, deve ser evitado qualquer método hormonal que contenha estrogênio ou progesterona;
  • Para tumores relacionados ao cigarro, mesmo após o diagnóstico, deve-se parar de fumar, pois há melhor resultado do tratamento;
  • Para tumores de estômago e intestino, deve-se estar atento a uma alimentação saudável sem processados e redução do consumo de carne vermelha e álcool.

Em todos os casos, manter um peso ideal e uma rotina de exercício físico reduz o risco de recorrência de câncer. Para câncer de mama, por exemplo, a cada 5kg perdidos, se reduz em 18% a chance de recorrência para pacientes com sobrepeso.

Genética e familiares

É muito importante numa consulta oncológica, pesquisar a história familiar, pois em alguns casos, há necessidade de solicitar exame para ver se o câncer se deve a alguma mutação familiar.

De maneira geral, pacientes jovens, pacientes mais de um tumor (por exemplo, mama e ovário na mesma pessoa), pacientes com história familiar importante em 2 ou mais parentes de primeiro grau devem ter pesquisadas síndromes familiares.

Por exemplo, pacientes com câncer de mama abaixo dos 50 anos devem ter pesquisadas mutações, a mais importante do gene BRCA, que pode levar a um risco de câncer na vida de mais de 50% em mulheres. Esses testes são feitos no sangue ou na saliva do próprio paciente. Uma vez vista uma mutação, é testada essa mutação exata nos seus familiares de primeiro grau.

Não há indicação de uma pessoa sem câncer e sem história familiar em parentes de primeiro grau fazer um teste diretamente para pesquisar essas mutações, exceto se indicado por oncogeneticista.

Entretanto, mesmo sem a presença da mutação, somente pela história familiar positiva, já há um risco maior em alguns tipos de tumor com recomendações específicas, por exemplo, câncer de mama e câncer de intestino.

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dr. Daniel Musse

Oncologia Clínica • CRM 52.99473-1 - RQE 43319

Oncologista clínico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e com formação em oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer.

Pesquisador do Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa e preceptor da residência médica de Oncologia Clínica.